Novo governo e quais as expectativas para o setor da construção em 2019
A construção civil foi um dos setores mais afetados pelos efeitos da crise que assola o Brasil desde 2014. O conturbado cenário político que teve início em 2016 também contribuiu para que as incertezas desacelerassem a economia. E agora, recém passado o período eleitoral que levará Jair Bolsonaro à liderança máxima do Poder Executivo, muitas dúvidas e expectativas para o setor da construção em 2019 têm surgido.
O semestre em curso foi marcado pela estagnação. Infelizmente, o PIB da construção tende a fechar em queda pelo quinto ano consecutivo. Até porque os investimentos privados e públicos no setor foram escassos, tanto para a habitação como para as obras de infraestrutura.
A esperança de que sinais de recuperação surjam no ano que vem depende muito das estratégias que serão, de fato, aplicadas pelo novo governo. Tendo em vista a ausência de debates e de esclarecimentos sobre o plano político que estará em curso, nos resta confiar nas sondagens dos economistas acerca do aumento do PIB nacional.
Para que possamos conhecer melhor quais são as expectativas para o setor da construção em 2019 com o novo governo, preparamos a análise de hoje. Continue conosco no tópico seguinte.
Antes mesmo de analisarmos as expectativas para o setor da construção em 2019, precisamos compreender a fundo qual é o nosso cenário atual. Para tanto, alguns estudos já foram realizados.
No primeiro semestre deste ano, a Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias) registrou a venda de mais de 41 mil unidades. Esse número superou em 28,5% os índices do mesmo período do ano passado. No entanto, o segundo semestre tem apresentado recuos, com exceção dos imóveis enquadrados no segmento do programa Minha Casa Minha Vida - que segurou o mercado.
Já a FGV (Fundação Getúlio Vargas), em parceria com o Ibre (Instituto Brasileiro de Economia), averiguou a confiança das empresas da construção civil. Os dados demonstram que houve queda e que as empresas estão mais preocupadas com negociações de curto prazo.
Por fim, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) realizou pesquisas que mostram uma iminente queda no setor para o fechamento do ano de 2018. Contudo, ela provavelmente terá um percentual ligeiramente menor do que o registrado em 2017, que foi de 5%.
Jair Bolsonaro lançou a sua candidatura com a proposta de banir a corrupção. Ainda que tenha pautado as duas primeiras décadas da sua atuação parlamentar como estadista, hoje ele se auto define como um conservador social e como um liberal econômico.
Contudo, suas principais paixões são declaradamente a lei e a ordem, demonstrando desconhecimento nos aspectos econômicos. Prova disso foram suas entrevistas nos principais meios de comunicação, bem como a mudança de planos cotidiana que se destacou nas declarações oficiais de sua equipe até então.
Para a economia, ele delega todas as decisões ao futuro Ministro da Fazenda, o economista ortodoxo que atuou na ditadura de Pinochet no Chile, Paulo Guedes. Além disso, o alinhamento com a administração americana de Donald Trump é outra característica intrínseca do novo governo, o que certamente terá reflexos no que diz respeito ao mercado.
Diante disso tudo, quais as expectativas para o setor da construção em 2019? É o que veremos na sequência.
A fórmula “trumpiana” que Jair Bolsonaro admira conta com uma forte aliança entre o governo e o mercado financeiro. Isso pode vir a gerar um ambiente pró negócios no ramo da construção. Porém, não podemos esquecer que a realidade dos Estados Unidos é muito diferente do Brasil.
A maior liberdade econômica favorecerá o acompanhamento do preço dos imóveis de acordo com a inflação. Ao passo que a demanda por imóveis é uma constante, independentemente do contexto político.
Nesse cenário, as expectativas para o setor da construção em 2019 são melhores do que para 2018, todavia o crescimento não será tão intenso como o observado até o ano de 2016. O nível de vacâncias provavelmente diminuirá e começarão a reduzir os estoques. Só que o ritmo de recuperação será lento, mesmo com a aceleração gradual das vendas.
E você? Quais são as suas expectativas para o setor da construção em 2019? Deixe nos comentários!
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