A burocracia e suas excessivas regulações estão entre os principais problemas enfrentados no Brasil, independentemente do setor da economia. No entanto, quando nos detemos ao ramo da construção, seus profissionais veem na burocracia uma verdadeira inibidora do desenvolvimento. E diversos estudos comprovam isso.
Para se ter uma ideia, os entraves já começam com a dificuldade em abrir e manter uma empresa. A papelada e os encargos exigidos pelo sistema tributário brasileiro fazem com que sejam empregadas 2600 horas/ano para que as exigências sejam cumpridas, de acordo com
dados da FIERGS.
Os empreendedores do setor encontram dificuldades até mesmo para conseguir encerrar um negócio. São necessários cerca de 4 anos para solucionar completamente as insolvências. Nossa posição, comparada com os demais países, é vergonhosa nesse quesito.
Na publicação de hoje, reunimos informações sobre as questões burocráticas acerca da construção. O objetivo é que você esteja por dentro e munido de artifícios que ajudem a lidar com o excesso de obrigações que nos são impostas. Boa leitura!
Como a burocracia afeta a Construção
Vemos na complexidade da burocracia na construção elementos que abrangem as mais diversas regras, documentos e impostos. Destacam-se os procedimentos ligados à questão ambiental, à legislação trabalhista, à vigilância sanitária e aos procedimentos de obtenção de financiamento público.
Os impactos desses itens são variados. E eles valem tanto para as incorporadora como para as famílias que tenham adquirido um terreno visando construir sua residência. Vamos elencar 3 deles a seguir:
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- Exigência de mais recursos para atividades gerenciais:Atividades que não estão ligadas diretamente à execução da obra implicam em um desembolso maior de recursos. Isso inclui o gerenciamento de recursos humanos, os serviços de contabilidade e as atividades jurídicas. As despesas com documentações, serviços cartoriais e demais licenças e obrigações legais também são enormes.
- Aumento do custo e do preço final da obra: Já existe até mesmo um termo que muitas incorporadoras e imobiliárias utilizam para se referir ao valor necessário para arcar com as a burocracia na construção. É o chamado “Custo da Burocracia” que fica atrelado à cada propriedade. Ele representa cerca de 12% do valor final do imóvel.
- Acréscimo no tempo para a conclusão da construção: O tempo, outra moeda valiosa nos dias de hoje, também é fator preocupante. Chegamos a observar um aumento de 40% no prazo de construção dos imóveis por conta da papelada. Se uma unidade demora 5 anos para ser finalizada, 2 anos são consumidos somente pelos trâmites burocráticos. Isso sem mencionar o impacto das mudanças na legislação depois que a obra já foi iniciada.
Áreas em que a burocracia na construção mais acontece
Uma pesquisa realizada pela
Booz&Co revelou os principais gargalos burocráticos que atrasam o desenvolvimento da construção civil. São eles:
- Os entraves na prospecção e aquisição do terreno, especialmente pela falta de infraestrutura básica em algumas áreas e mudanças nos planos diretores dos municípios;
- As dificuldades relacionadas ao projeto, desde sua definição, licenciamento e aprovação, pela falta de objetividade na normatização e alinhamento nas diferentes esferas governamentais;
- A falta de agilidade nos procedimentos e serviços prestados em cartórios, prefeituras e órgãos públicos;
- As eventuais paralisações na obra, por conta de revogações nas decisões judiciais, fiscalizações e falta de mão de obra especializada;
- Os problemas enfrentados na conclusão e entrega das unidades, principalmente devido a atrasos na obtenção do habite-se e processos de repasse de valores de financiamentos.
De que maneira podemos reduzir os custos burocráticos
Infelizmente, a burocracia na construção é uma realidade com a qual ainda temos que lidar. Ela tende a diminuir com a informatização dos processos e o alinhamento das legislações nas diferentes esferas do governo. Mas o que fazer diante do cenário que temos hoje?
Bem, quanto melhores e mais aprimoradas forem as nossas práticas, maiores as chances de os projetos e obras serem concluídos dentro da normalidade. Por essa razão, automatizar processos e gerenciar a construção de uma maneira mais moderna é primordial. E há meios para isso.
Softwares voltados exclusivamente para a realidade da construção, como o
Sienge, estão à disposição no mercado. Eles compreendem as dificuldades do setor e procuram otimizar, ao máximo, o seu desempenho.
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