Olá, tudo certo?

Na publicação de hoje, vamos bater um papo sobre a securitização da carteira de recebíveis do setor da construção e loteadores. A prática já é responsável por cerca de 3% dos financiamentos da atividade imobiliária no nosso país. Impressionante, não é mesmo?

No entanto, esse índice ainda tem perspectivas de crescimento. Por isso, é importante conhecer a respeito.

Hoje em dia, ainda há muitas dúvidas acerca do tema. Porém, é bem provável que em um futuro próximo ele seja popularizado. Isso se dá especialmente por conta da desvalorização da caderneta de poupança, que oferece juros ínfimos aos seus investidores.

Muita gente procura por alternativas que sejam mais rentáveis que a poupança - e a securitização da carteira de crédito imobiliários é uma delas. Mesmo com a crise política e econômica que temos vivenciado desde o ano de 2016, sinais de reaquecimento do setor da construção civil e comercialização de imóveis estão aparecendo.

Esteja informado e saia na frente. Eis algumas informações importantes nos tópicos a seguir! Acompanhe conosco!

O que é a securitização da carteira? Como ela acontece?

O conceito de securitização da carteira é complexo. Contudo, no contexto imobiliário, ele se refere à conversão de dívidas em títulos mobiliários. Em linhas gerais, o que ocorre é um conjunto de trâmites coligados que podem ser utilizados para o levantamento de recursos.

O passo a passo da operação segue, normalmente, as seguintes etapas descritas abaixo:

1. O originador, que é a empresa que possui valores a receber do consumidor final do imóvel, como por exemplo um loteador, cede o seu direito de pagamento dos seus recebíveis para uma SPE (Sociedade de Propósito Específico);
2. Essa SPE, ou seja, uma Securitizadora, emite títulos que devem ser lastreados em empréstimos reais e lançados no mercado;
3. Investidores interessados procuram a Securitizadora para adquirir os referidos títulos com objetivo de obter ganhos financeiros;
4. A Securitizadora repassa o valor da venda dos títulos para o originador, que pode empregar esse recurso na conclusão da obra ou outros empreendimentos do seu interesse;
5. Quando o originador recebe o pagamento do consumidor, ele deve repassar para a Securitizadora, a fim de quitar o valor que ele já recebeu antecipadamente;
6. Os investidores recebem o seu capital inicial com os devidos rendimentos e correções monetárias dos títulos no prazo que foi combinado em contrato.

Vantagens do procedimento

As principais vantagens de realizar o procedimento de securitização da carteira são do originador. Ele consegue, além do levantamento rápido de recursos, dividir o risco de inadimplência com os investidores.

Para os investidores, essa negociação é vantajosa por conta do rendimento auferido, que é maior do que a poupança. Além disso, ele conta com a garantia do imóvel que será executado em uma hipótese de não pagamento pelo consumidor final da propriedade.

Os preceitos essenciais da legislação que regem tal prática estão descritos e regulamentados pela Lei 9.514/1997.

Qual o melhor momento para fazer a securitização da carteira?

Considerando que o setor de loteamentos carece de possibilidades de crédito, o recurso da securitização da carteira de recebíveis é uma estratégia inteligente para receber de uma vez só valores que demorariam anos para ingressar no fluxo de caixa. Assim, torna-se mais viável realizar as obras e também diferentes projetos.

Quanto antes for realizado o procedimento, melhor. Sendo assim, o ideal é efetuar a securitização de contratos assim que eles forem firmados. Também é indicado priorizar loteamentos e/ou imóveis voltados para as classes de baixa e média renda. Isso porque os compradores, em geral, necessitam de prazos maiores nos seus financiamentos.

No entanto, também vale destacar que realizar a securitização da carteira gera diminuição dos lucros da empresa, pois ela deve remunerar os títulos adquiridos pelos investidores. Dessa maneira, é importante ter em mente que essa modalidade precisa ser aplicada com cautela, somente em momentos em que realmente for necessário.

Além do mais, ainda há muito a ser desenvolvido para que se dissemine amplamente essa prática. Entretanto, quando há a falta de recursos próprios pelo originador, essa saída mostra-se eficaz.

E então, conseguiu compreender como funciona a securitização da carteira?

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Nos vemos no próximo post!