Com um cenário cada vez mais competitivo e globalizado, a gestão de suprimentos se tornou indispensável e necessária na construção de organizações mais ágeis, sustentáveis e lucrativas. Não se trata apenas de comprar produtos ou negociar preços: uma gestão eficiente de suprimentos envolve o controle estratégico de todas as etapas que compõem o fluxo de materiais, serviços e informações, desde o fornecedor até o consumidor final.
Empresas que investem em uma gestão de suprimentos inteligente conseguem reduzir custos operacionais, evitar desperdícios, aumentar a previsibilidade de seus processos e, sobretudo, elevar a performance de toda a cadeia de valor.
Neste artigo, vamos explorar o que é uma boa gestão de suprimentos para a construção civil, e fornecer algumas dicas práticas de como as empresas do setor podem tornar esse processo mais eficiente, adaptando estratégias que se alinham às necessidades e desafios do mercado da construção.
A gestão de suprimentos, também conhecida como gestão de cadeia de suprimentos (Supply Chain Management), é a coordenação integrada de todas as atividades relacionadas à aquisição, movimentação, armazenamento e controle de materiais, insumos e produtos acabados. Seu principal objetivo é garantir que os recursos certos estejam disponíveis no momento certo, no local certo e com o menor custo possível.
Esse processo abrange cinco etapas principais, que são:
A base de uma boa gestão de suprimentos é o planejamento estratégico. Isso significa entender a demanda do mercado, projetar cenários de consumo e alinhar toda a cadeia produtiva com os objetivos do negócio. Sem essa etapa, as empresas podem acabar produzindo de forma excessiva ou escassa, o que é prejudicial a longo prazo.
Também conhecida como sourcing, essa etapa é fundamental dentro do processo produtivo, pois é nela que as empresas buscam, analisam e escolhem os fornecedores capazes de suprir as matérias-primas ou os componentes essenciais à fabricação de seus produtos. Trata-se de uma fase que requer atenção ao equilíbrio entre redução de custos, manutenção da qualidade e cumprimento dos prazos de entrega.
Já a fabricação envolve a transformação de matérias-primas em componentes ou produtos acabados por meio de um planejamento cuidadoso e otimizado. Essa etapa não apenas garante eficiência, qualidade e cumprimento dos prazos, mas também está diretamente ligada à logística de transporte até o canteiro de obras. Afinal, quando o procedimento é bem planejado, facilita o fluxo contínuo de materiais, evita atrasos na entrega e reduz desperdícios.
A etapa que sucede a produção é responsável por levar os produtos até os consumidores ou pontos de venda, sendo conhecida como logística. Mais do que um simples meio de entrega, a logística desempenha um papel estratégico, pois influencia diretamente a pontualidade das entregas e a percepção de valor por parte do cliente.
Para que essa operação funcione de maneira eficiente, é necessário coordenar uma série de atividades interdependentes, como o armazenamento adequado dos produtos, a escolha dos modais de transporte mais adequados (seja terrestre, marítimo ou aéreo) e a definição de rotas que equilibrem custo e tempo.
Por fim, temos a etapa de devoluções, que também é conhecida como logística reversa. Ela envolve o processo de retorno de produtos do cliente para a empresa, seja por motivos de defeito, troca, garantia ou outras razões.
Essa etapa também é importante e, para realizá-la de forma eficiente, é fundamental estabelecer um método claro e ágil que permita identificar rapidamente os produtos devolvidos, compreender os motivos que levaram à devolução e, com base nisso, oferecer soluções eficazes, como reembolsos ou trocas em prazos curtos.
Outro ponto importante quando falamos de gestão de suprimentos está relacionado a sua abordagem. Afinal, existem diferentes maneiras de se organizar esse processo:
Em uma cadeia de suprimentos integrada, os diferentes agentes atuam de forma colaborativa, estabelecendo uma relação de interdependência pautada pela troca contínua de informações.
Um exemplo expressivo desse modelo é o auxílio que a própria PSA prestou à J.C. Peres Engenharia por meio do Sienge. No caso, esse sistema pode coordenar fornecedores de materiais e subempreiteiros, garantindo que a entrega de suprimentos esteja alinhada com o cronograma da obra.
Enquanto isso, a cadeia de suprimentos digital representa uma evolução significativa no gerenciamento logístico, ao incorporar tecnologias de ponta que ampliam a conectividade, a automação e a capacidade analítica em toda a operação. Recursos como inteligência artificial, “internet das coisas” (IoT) e análise avançada de dados são utilizados para coordenar os fluxos com mais precisão e agilidade.
Um exemplo notável desse modelo é a atuação da Amazon, que se destaca por integrar sistemas preditivos e processos automatizados para otimizar cada etapa da cadeia.
Já a cadeia de suprimentos ágil é caracterizada pela sua ênfase na flexibilidade e na capacidade de adaptação diante de mudanças rápidas na demanda. Nesse tipo de abordagem, a velocidade de resposta é mais valorizada do que a eficiência em larga escala, permitindo que as empresas ajustem seus procedimentos em tempo real.
Um exemplo no setor da construção seria a utilização de fornecedores e fabricantes locais para fornecer materiais conforme a demanda do projeto.
Para finalizar, a cadeia de suprimentos enxuta tem como princípio central a eliminação de desperdícios e a busca contínua pela eficiência em todas as etapas operacionais. Esse modelo visa reduzir tudo o que não agrega valor ao produto final, como excessos de estoque, tempo ocioso e retrabalho.
No setor da construção, a abordagem enxuta pode ser observada quando as empresas implementam sistemas de controle rigoroso de estoque e compras, otimizando a utilização dos materiais.
Agora que você entendeu os conceitos por trás da gestão, é o momento de conferir dicas que irão torná-lo bem mais eficiente. Abaixo estão algumas delas:
A primeira medida para tornar o controle de suprimentos mais eficaz é adotar ferramentas de gestão integrada. Com essas soluções, as informações são compartilhadas em tempo real, o que proporciona uma visão ampla e precisa de todo o processo.
Como dito antes, uma das ferramentas que pode auxiliar nisso na indústria da construção é o Sienge, que integra diferentes áreas da cadeia de suprimentos, como fornecedores, obras e setor financeiro, facilitando a comunicação entre as equipes e reduzindo erros operacionais.
Atividades repetitivas e manuais, como o planejamento de etapas da obra, a emissão de pedidos de compra e o controle de estoque, podem ser significativamente simplificadas com a automação, que reduz o tempo gasto com tarefas operacionais, minimiza erros humanos e proporciona maior visibilidade e controle sobre os recursos utilizados.
Não à toa, a IA, por exemplo, tem se aproximado cada vez mais da indústria da construção.
Ainda falando em clientes, o destinatário deve estar no centro das decisões estratégicas. Com isso, garantir que os produtos estejam disponíveis, entregues no prazo e em perfeitas condições é um fator determinante para a experiência do consumidor.
A tecnologia pode ser uma grande aliada nesse aspecto. Por meio uma plataforma como o Construcompras, é possível otimizar o processo de gestão de suprimentos na construção civil, conectando compradores e fornecedores de forma ágil e eficiente.
Mais do que acompanhar processos, é preciso fazer com que eles sejam transparentes. Com o uso de serviços tecnológicos, é possível controlar revisões de forma automática, transmitir documentos com eficiência e até mesmo visualizar modelos de BIM simples e federados.
Nesse caso, a ferramenta que se destaca é o Construmanager. Um software de gerenciamento que possui como seu principal objetivo facilitar a colaboração e a gestão, integrando e conectando times de diferentes áreas.
Por fim, vale ressaltar que uma gestão de suprimentos eficiente precisa estar diretamente conectada ao cronograma físico-financeiro da obra. Isso significa que as compras de materiais, a contratação de serviços e a logística de entregas devem estar planejadas com base nas etapas do projeto para evitar antecipações desnecessárias, atrasos ou falta de insumos no canteiro.
Além do mais, esse alinhamento garante que os recursos sejam aplicados no momento certo, otimizando o fluxo de caixa e assegurando que as equipes tenham tudo o que precisam para manter a produtividade.
Caso tenha interesse em tornar a gestão de suprimentos da sua empresa mais eficiente adquirindo uma das tecnologias citadas acima, entre em contato com o ecossistema PSA. A empresa tem mais de 20 anos no mercado e revolucionou o setor da construção civil por meio de soluções que conectam inovação e resultados.