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22 de abril de 2019Ainda vale a pena trabalhar com o Minha Casa Minha vida em 2019?
Vivemos um momento de incertezas na economia e na política brasileira. Na campanha eleitoral e nos primeiros meses do governo Jair Bolsonaro, não ficaram bem claras as suas propostas para a área da habitação. Por isso, muitos questionam se ainda vale a pena trabalhar com o programa Minha Casa Minha Vida 2019.
Embora a iniciativa do programa tenha sido uma das grandes bandeiras dos governos petistas, essa não é uma questão meramente partidária. A Carta Magna brasileira traz no Artigo 5º inciso XXIII que a moradia tem função social e esse é um direito de todo cidadão.
Além do mais, a maior parte da população sonha com a casa própria. Foi justamente por isso que o programa foi lançado em 2009. Ele finalmente facilitou o acesso à propriedade para quem, anteriormente, não tinha condições suficientes para arcar com a despesa.
Os subsídios oferecidos pelo governo federal para o Minha Casa Minha Vida 2019 continuam, ainda que algumas mudanças tenham sido realizadas na estrutura do programa. No artigo de hoje, vamos tratar dessas alterações para concluirmos se ainda vale a pena investir nesse tipo de empreendimento imobiliário.
Continue acompanhando!
Faixas de renda que têm direito ao Minha Casa Minha Vida 2019
O programa de financiamento imobiliário do Minha Casa Minha Vida 2019 contempla diferentes grupos, dependendo das respectivas faixas de renda familiar. Os subsídios para este ano estão divididos nas seguintes classificações:
✓ Faixa 1: corresponde às famílias que possuem renda mensal que não ultrapasse R$1.800,00. O financiamento é realizado em até 120 meses, com 0% de juros e subsídios de até 90%, sendo que as prestações variam de R$80,00 a R$270,00. Não há necessidade de comprovação de renda e são aceitos clientes negativados;
✓ Faixa 1,5: corresponde às famílias que possuem renda mensal que não ultrapasse R$2.600,00. O financiamento é realizado em até 30 anos, com uma taxa de juro de 5% ao ano, e subsídios de até R$47.500. Não há necessidade de comprovação de renda e são aceitos clientes negativados;
✓ Faixa 2: corresponde às famílias que possuem renda mensal que não ultrapasse R$4.000,00. O financiamento é realizado em até 30 anos e os subsídios podem ser de até R$29.000. É exigida a comprovação de renda e não são aceitos clientes negativados;
✓ Faixa 3: corresponde às famílias que possuem renda mensal que não ultrapasse R$9.000,00. O financiamento é realizado em até 30 anos e as taxas de juros propostas são diferenciadas. É exigida a comprovação de renda e não são aceitos clientes negativados.
Mudanças no Minha Casa Minha Vida 2019
As mudanças no Minha Casa Minha Vida 2019 foram especialmente direcionadas às Faixas 1,5, 2 e 3. No caso da Faixa 1, o limite de renda aumentou de R$2.350,00 para R$2.600,00. Já na Faixa 2 o limite de renda aumentou de R$3.600,00 para R$4.000,00. Por fim, a Faixa 3 teve um aumento de R$7.000,00 para R$9.000,00.
É claro que existem diferenças de uma região para outra, pois a localidade interfere no valor dos imóveis. De qualquer forma, nota-se uma movimentação ainda que discreta para que o programa continue em vigor.
A propósito, o teto para as faixas do 2 e 3 do Minha Casa Minha Vida 2019 foi ampliado para as cidades com 20.000 a 50.000 habitantes. Confira:
✓ No Distrito Federal, São Paulo e Rio de Janeiro, o valor máximo do bem a ser financiado foi de R$ 110.000,00 para R$ 145.000,00;
✓ Em Minas Gerais e no Espírito Santo, o valor máximo do bem a ser financiado foi de R$ 105.000,00 para R$ 140.000,00;
✓ Em Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, o valor máximo do bem a ser financiado foi de R$ 105.000,00 para R$ 135.000,00;
✓ Nas regiões Nordeste e Norte, o valor máximo do bem a ser financiado foi de R$ 100.000,00 para R$ 130.000,00.
Mas afinal, vale a pena continuar trabalhando com o programa?
O presente ano e os seguintes ainda prometem muitas mudanças no panorama político-econômico. No entanto, o Minha Casa Minha Vida 2019 está ganhando fôlego novamente e está permitindo a aquisição de imóveis mais caros para a população.
É muito provável que a movimentação no setor crie um efeito cascata para reaquecer a economia. Portanto, ainda é válido trabalhar com o programa
Até a próxima!