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29 de setembro de 2022Qualquer empresário hoje em dia já se deparou com o termo “Data driven”, ou mesmo seu correspondente em português, a “Gestão orientada a dados”.
No Brasil, essa tendência chegou a tal patamar que já em 2019 eram movimentados mais de 1 bilhão de dólares relacionados a ferramentas data driven em território nacional.
Mas afinal, o que é essa prática que está tomando cada vez mais espaço no cenário nacional? O Data driven pode mesmo ser útil para a sua empresa? A verdade é que antes de implementar uma metodologia de gestão data driven, é importante entender os conceitos fundamentais que permeiam este tema.
O que é Data Driven?
Todo gestor já se encontrou nessa situação: uma decisão precisa ser tomada, mas ao olhar para qualquer uma das opções uma voz vem à cabeça do gestor, lembrando de sua incerteza quanto às consequências daquela decisão.
Não se pode medir absolutamente tudo, mas os meios de mitigar riscos estão cada dia mais avançados, garantindo sim aos gestores uma maior segurança na hora de decidir – e o Data driven é o maior entre esses meios.
O “Gestor Data Driven”, na situação acima, faria primeiro uma pesquisa histórica de dados referentes às opções que possui. Nessa análise, ele saberia exatamente quais resultados algumas decisões semelhantes já tiveram no passado.
Depois, este gestor poderia traçar um plano de ajuste e otimização das opções possíveis com base nos dados históricos, e sem seguida projetar o resultado destes ajustes no futuro e definir os indicadores-chave que irão definir o sucesso ou fracasso de seu plano.
Neste exemplo, podemos ver na prática o que é o data driven: um conjunto de práticas diárias e constantes que dirigem as decisões e seus resultados aos dados.
Como é de se esperar, existe um requisito para que isso ocorra na prática, e os gestores estão intimamente ligados à taxa de sucesso dessa aplicação.
Requisito para uma gestão Data Driven
Para começar, é preciso refutar um mito comum: gestão data driven não pode ser uma coisa teórica. A maioria das empresas acredita que levar uma empresa adiante tendo os dados como norte é uma premissa de ordem teórico-estratégica, mas essa visão tem limitações inerentes.
A primeira é que se o data driven não estiver presente nas camadas operacionais e táticas de sua empresa, ele jamais chegará a produzir qualquer resultado. Não produzindo resultados, será difícil justificar a existência desse conceito em qualquer esfera da organização.
Só se pode ser data driven na prática, pois é nela que a decisão orientada aos dados será tomada, e depois medida segundo os mesmos princípios.
Com isso em mente, vamos agora entender os princípios dessa prática:
Princípios do Data Driven: Como aplicar?
Stephen Tracy, autor do Analythical e expert em análise de dados estabelece que todos os dados devem ser explicáveis, significativos e defensáveis.
Isso quer dizer que, para começar, seus dados precisam estar organizados de maneira a agregar valor (e não apenas caracteres) para sua empresa.
Para chegar nessa organização de dados, alguns princípios são de grande ajuda:
1-KPIs
Indicadores-chave de performance, ou simplesmente “KPIs” (key performance indicators) são os dados que sua operação decidiu medir com base em sua estratégia de negócio. Estes indicadores são únicos para cada empresa, pois devem refletir seus objetivos específicos.
Por exemplo: imagine que sua empresa é uma revista online. Você decide então medir o tempo que um usuário passa na sua página, para saber o quanto seus conteúdos estão interessantes para o público. Para você, nesse cenário, o ideal é que o usuário passe bastante tempo na página.
Se, por outro lado, você tem uma construtora e decide abrir um formulário de checklist curto de procedimentos ao fim do dia, um longo tempo de estadia pode estar indicando que seu checklist não está claro o suficiente ou com defeitos.
Dessa forma, os KPIs são ao mesmo tempo únicos e extremamente importantes para indicar o quão bem está sua operação. Escolha-os com cuidado e sempre levando em consideração a sua estratégia de negócio, de preferência com o auxílio de uma consultoria especializada.
2 – Visões
Tudo que foi citado até agora supõe a existência de visões onde os dados e sua relação com os KPIs estabelecidos se tornam claros para o gestor.
Para esse fim, uma das práticas mais bem vistas atualmente é o Business Intelligence, que a partir de três etapas (extração, tratamento, carregamento) consegue reorganizar e exibir todos os dados de sua operação de forma clara.
3 – Ações
Como já vimos, o data driven tem seu lugar natural na prática, e isso quer dizer que todos os seus métodos e conhecimentos devem refletir em medidas reais no dia a dia da empresa.
Se, por exemplo, o portal de checklist hipotético que citamos demonstrar um tempo muito longo para preenchimento e o gestor não tomar uma atitude a respeito, é muito provável que o checklist será gradativamente abandonado pelas pontas operacionais.
Se, no entanto, o gestor perceber o dado e ajustar o portal de checklist, é bem possível que sua empresa chegue à uma solução de checklist muito superior ao próprio mercado – saindo na dianteira de seus pares.
Começando agora
Como você deve ter percebido, o Data Driven tem muito mais a ver com uma atitude que traz tecnologias e práticas do que o contrário.
Nesse sentido, uma verdadeira visão orientada aos dados de sua empresa pode ser o pontapé inicial para uma gestão mais segura e eficiente – e com riscos muito menores.
Se esta prática faz sentido para você, e quiser expandir seus meios de ação quando o assunto são os dados, fale com um especialista PSA no Link abaixo. É gratuito!